Sunday, May 17, 2009

Feed Demon x Google Reader

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Existe algo de espontâneo em navegar pela web usando apenas o browser, no meu caso, o Firefox. Desde que a tecnologia RSS (Real Simple Syndication) surgiu, já fiz diversas tentativas de usá-la sempre desistindo e voltando para o arroz com feijão do browser. Ao mesmo tempo percebo dificuldades cada vez maiores em organizar e filtrar a inundação diária de informações e comentários.

Para a minha experiência de comparação de leitores de RSS, escolhi o Feed Demon para contrapor ao Google Reader. As conclusões se assemelham ao que teria a dizer se fosse falar do Outlook versus o Gmail. Programas residentes são mais rápidos e costumam ter mais recursos, pois a limitação da internet ainda é a velocidade. A troca da conexão dial-up pela banda larga foi o mesmo que sair de uma rua antiga e estreita para uma avenida de quatro pistas. Mas, como sabemos, avenidas largas também engarrafam.

Feed Demon
As duas vantagens foram a interface sem a poluição visual dos menus do browser, somada a maior velocidade. Outra facilidade é criar um ambiente independente do browser. Ter um programa especial só para ler a lista de sites e blogs mais importantes diminui a distração típica de estar livre e solto na internet. Dá uma estrutura para a leitura diária obrigatória. Por outro lado, corta o prazer de ver cada site com o seu design e disposição particular, mecaniza o processo. Talvez seja essa a minha maior resistência aos ‘readers’.

O Feed Demon foi capaz de mostrar vídeos inseridos dentro de posts, algo onde o Google Reader tropeçou. Ele também tem um recurso interessante que é baixar vídeos e podcasts para o Windows media player e para a família Ipod/iphone. Uma vez feita a assinatura do feed de um blog, também oferece, para cada post, a facilidade de assinar o feed dos comentários do mesmo, o que pareceu muito útil, pois muitas vezes queremos seguir uma discussão específica. Finalmente, oferece relatórios que permitem filtrar as assinaturas pelo grau de atenção que cada uma recebeu, ou pelo número de vezes que foram atualizados, permitindo que avaliemos cada assinatura

Google Reader
Devido à moldura do browser, a tela fica mais poluída. A solução é apertar F11 para usar o recurso de tela inteira do Firefox (também disponível em outros browsers). Resolve o problema, mas é uma operação a mais, outro botãozinho para apertar. O Greader também é mais lento, o que às vezes irrita.

A sua principal desvantagem em relação a um programa residente já foi sanada: agora é possível usá-lo off line através do Google Gears. Outra desvantagem citada acima, não ser uma aplicativo com ícone próprio e finalidade específica no desktop, já pode ser resolvida usando o Chrome, o browser da Google. Ele cria ícones para sites específicos, fazendo-os parecer uma ‘stand alone application’. Por exemplo, uso na minha barra de ferramentas um ícone de ‘quick launch’ para acionar o google calendar. Vou experimentar fazer a mesma coisa com o Greader.

Onde o Greader brilha é no compartilhamento social das suas assinaturas. Você pode acompanhar o que seus amigos estão lendo e enviar para os mesmos posts especiais, com a adição até de anotações pessoais. O Greader ainda facilita o uso de tags, um instrumento cada vez mais prático de classificar informação.

Entre os dois, a escolha é dura, pois os recursos são bastante semelhantes. Vi pequenas vantagens em cada um e não sei qual seria a minha escolha. Visualmente gosto mais do Feed Demon, mas ter tudo online favorece o Greader. No trabalho, a vantagem dos readers e reduzir o tempo e sistematizar o acesso a fontes e ao acompanhamento de comentários de leitores sobre matérias e posts.

De toda forma, meu primeiro obstáculo é vencer a resistência a usar um reader, qualquer que seja. Embora esteja com informação até o pescoço, ainda não consegui me livrar do vício de navegar livremente pela web. Mesmo que receber apenas as novidades assinadas seja muito mais prático.

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